domingo, 22 de junho de 2008

Tof Théâtre transforma palco do FITAFloripa em sala de operação médica


Com duas apresentações na capital, o espetáculo belga Bistouri encerra a maratona de cinco dias de espetáculos do segundo FitaFloripa.


Dois cirurgiões, Léon e Willy, são chamados às pressas para cuidar de um paciente importante. Eles são dois “médicos-fazem-tudo” aposentados. Equipados com todos os aparelhos mais recentes, como o endoscópio com câmera de vídeo, um taco, um bisturi, um abridor de latas, entre outros, eles estão prontos para realizar uma fantástica viagem ao turbulento mundo das entranhas do paciente, descobrindo regiões não exploradas. Seja qual for o resultado, a missão será realizada com um certo grau de gravidade e com uma grande dose de humor. Os cirurgiões descobrirão regiões inexploradas e sairão dali com algumas páginas a mais no dossiê de um mito imortal.


Sem o uso da palavra, a narrativa se desenvolve pela riqueza de imagens desenvolvidas entre a relação do cenário e dos bonecos. A metáfora das ações criadas se abastece de sentidos no cotidiano e nas emoções comuns aos homens. A partir dessa observação, são criadas as pontes de comunicação com o espectador. No caso de Bistouri, está em discussão a ética e o ofício de salvar vidas. A urgência faz a dupla voltar a encarar o ambiente de uma sala de cirurgia, pondo na cama a ética da relação médico-paciente.


Tof Theatre - Bélgica


O Tof Theatre, é adepto do “realismo reduzido” que perverte as técnicas tradicionais de manipulação e expõe o bonequeiro ao olhar da platéia com a manipulação a vista. Frequentemente sem palavras, o Tof cria seus espetáculos glorificando o cotidiano e suas emoções, e nos empresta sua lupa carinhosa e crítica para ver os nossos micro dramas em detalhes.

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