quarta-feira, 18 de junho de 2008

Os mundos simbólicos de Philippe Genty


Primeira noite de espetáculo do Fitafloripa surpreende a platéia


O espetáculo da noite de abertura do Festival Internacional de Teatro de Animação de Florianópolis, o La Fin Des Terres, fez o público presente no Teatro Ademir Rosa, do Centro Integrado de Cultura (CIC), vibrar. Com duração de 110 minutos, os sete atores em cena hipnotizaram o público, que respondeu com mais de um minuto de palmas, em pé, no fim da peça.


Sem linearidade, as cenas revelam vivências, sonhos e até pesadelos do diretor Philippe Genty, além do cotidiano alheio, segundo o ator da companhia, Perriek Malebranche. “Muitas vezes ele acorda e vai escrever para não esquecer”, disse.
Sem a preocupação de explicar ou dar sentido ao todo, Philippe Genty deixa os espectadores com o trabalho de decodificar os mundos simbólicos criados por ele. “Philippe não escreve peças como romances, com narrativas que vão direto ao ponto. Ele escreve como quebra-cabeças”, observou, ressaltando que as explicações cada espectador dá de acordo com sua experiência de vida.

O que impulsiona a construção interativa de um significado é o inesperado. No espetáculo de sons, movimentos, formas e sombras, a surpresa também é destaque. Pessoas e objetos saem e entram de cena como num passe de mágica, o que exige a precisão dos artistas e dos cinco técnicos que trabalham atrás cortinas.

Cie. no Brasil


Depois de décadas, a Cie. Philippe Genty voltou ao Brasil. O grupo está no terceiro estado da turnê pelo país, e ainda percorrerá mais dois. Depois da América Latina, os próximos destinos da companhia são o Líbano e a Síria, onde eles provavelmente irão encerrar a turnê La Fin Des Terres. entre outubro e novembro desse ano. A peça de teatro já foi apresentada em mais dez países em três anos de trabalho do grupo.
Quem ainda não conferiu, tem a chance de assistir ao espetáculo pela última vez em Santa Catarina , hoje às 20h no CIC.

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