sábado, 21 de junho de 2008

Dura realidade em Livres e Iguais


Foto Cristiano Prim

Cotidiano da exclusão é explorado pela Cia. “Teatro Sim, Por Que Não?”


Som, sombras, realidade. Esses são elementos que permeiam a narrativa não linear de Livres e Iguais, da Companhia “Teatro Sim, Por Que Não?”, que se apresentou hoje à tarde no TAC. O uso de sombras, explorado no início da peça, impressionou o público, segundo Adriana Focas, que assistiu ao espetáculo.
Os bonecos feitos de sucata encenam o cotidiano duro de exclusão e frieza do ser humano. Enquanto um cuida de um menor, o outro agride. No embate do homem opressor e da mulher carinhosa, ela é chicotada, literalmente, e aprisionada.
De acordo com o diretor Nini Beltrame, ao mesmo tempo em que o lixo, material usado para confecção dos bonecos, é uma analogia ao “valor” do homem, ele mostra que o que é descartado também tem sua riqueza inerente. “Montamos o espetáculo em comemoração aos 50 anos da Carta de Declaração dos Direitos Humanos, que foi em 1998. Em 1999 aconteceu a estréia e de lá para cá já tivemos mais de 300 apresentações”, relata.

Nenhum comentário: